Poeira

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Localização: Lisboa, Portugal

músico-escritor de canções, nascido em 1975 na Praia da Barra, Portugal www.myspace.com/jorgecruzpoeira

terça-feira, 22 de abril de 2008

Jesus Cristo, SuperEstrela I

Como a festa judaica das Tendas se aproximava, os seus irmãos disseram-lhe: «Por que não sais daqui e vais até à Judeia para que os teus discípulos possam ver as maravilhas que fazes? Se alguém quer ser conhecido não pode fazer as coisas em segredo. Já que fazes coisas como estas, mostra-te ao mundo!» A verdade é que nem os seus próprios irmãos nele acreditavam. Jesus respondeu-lhes: «O meu tempo ainda não chegou, mas para vocês qualquer ocasião é boa. O mundo não tem motivo para vos odiar. Mas a mim odeiam-me porque eu mostro-lhes que as suas obras são más. Podem ir à festa que eu não vou, porque a minha hora ainda não chegou.»

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Com A Família Caveira No Goucha

No manifesto publicado em 2001 com o disco "A Lenda da Irresponsabilidade do Poeta", afirmava-se: "14) Os Superego aceitarão aparecer em estações televisivas que praticam o capitalismo irresponsável desde que estas se sujeitem à possibilidade de isso se tornar uma oportunidade de intervenção cívica. 15) Os Superego aceitarão fazer playbacks em televisão desde que isso seja uma oportunidade para usarem t-shirts com frases como: FIM À EXPLORAÇÃO DOMÉSTICA DA MULHER PELO HOMEM."
Anos volvidos, livre de superegos e mais sensível afinal a frases como: FIM À EXPLORAÇÃO SENTIMENTAL DO HOMEM PELA MULHER, tive o prazer de apadrinhar a estreia em televisão nacional dos escritores de canções republicanos Samuel Úria, Tiago Guillul e Guel Sousa e do snob-rocker católico João Coração diante das boas senhoras que aplaudem o simpático e rigoroso Manuel Luís Goucha. Quando o mundo subterrâneo da alma e da diferença se interfere no dia-a-dia de lares desprevenidos pode muito bem ser um sinal de anunciação e de esperança.
A canção diz: «nada te esmaga/ nada te acaba/ nada te encolhe/ nada te alarga/ nada te tenta/ nada te inventa/ nada te pesa/ nada te aguenta/ nada te falha/ nada te empurra/ nada se ri enquanto te esmurra/ nada te esfria/ nada te guia/ nada te ofende ou te desvia/ nada te pára».
Posto isto, resta negar ainda as acusações sobre alegados tiques dylanianos na hora da entrevista e dar conta de que as meninas a dançar com pintas na testa estavam a servir café e croissants junto aos camarins.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ray Lamontagne II

Bem me parecia que a melhor opção teria sido ir adiando indefinidamente a chamada do Ray Lamontagne a este blogue. Agora, por mais que novos assuntos me caiam nas mãos, me escorram pelos dedos, chego aqui, ouço este sopro, sinto este centro, e não tenho necessidade de acrescentar nada.