Poeira
Acerca de mim
- Nome: Jorge Cruz
- Localização: Lisboa, Portugal
músico-escritor de canções, nascido em 1975 na Praia da Barra, Portugal www.myspace.com/jorgecruzpoeira
quinta-feira, 20 de março de 2008
quarta-feira, 19 de março de 2008
The Way Of The Samurai (II)
How should a person respond when he is asked, "As a human being, what is essential in terms of purpose and discipline?" First, let us say, "It is to become of the mind that is right now pure and lacking complications." People in general all seem to be dejected. When one has a pure and uncomplicated mind, his expression will be lively. When one is attending to matters, there is one thing that comes forth from his heart. That is, in terms of one's lord, loyalty; in terms of one's parents, filial piety; in martial affairs, bravery ; and apart from that, something that can be used by all the world.
segunda-feira, 10 de março de 2008
Caderno do Átomo (cap. II)
Sempre que julgarmos ter chegado a algum lado, sempre que pensarmos ter alcançado alguma coisa, sempre que nos sentirmos no topo da forma com a energia a fluir livremente tal como seria suposto, o melhor a fazer é abrigarmo-nos imediatamente. O que se segue pode não ser o fim do mundo mas é, concerteza, um empregado deste.
A todos os estados são devidos pelo menos 12 dias. Se os deixarmos vir, o 13º será a sua verdade.
A verdade de um estado passado é contemplável. A verdade de um estado futuro é previsível. A verdade de um estado presente é sempre inacessível.
A verdade de um ser não habita o consciente.
sábado, 8 de março de 2008
Workshop Escrita de Canções
Então quem é que quer passar a semana de 17 a 21 de Março a falar de canções, a ouvi-las, quem sabe a escrevê-las? É das 19h às 22h, no CEM - Centro Em Movimento. 15 horas = 70 euros. Benga lá! Não apenas por eu ir ensinar tudo o que sei. Mas também para me ensinarem tudo o que voces já sabem!
Viagem Corrida
Tudo começou no dia 13 de Fevereiro na Fabrica de Braço de Prata. O primeiro verdadeiro evento Amor Fúria. Eu toquei primeiro para um grupo de pessoas que me conhecia melhor a mim do que às canções. Lembro-me de haver uma boa garrafa de Periquita no canto do palco, livros ao redor e pinturas intrigantes de sexo num carrinho de supermercado. Seguiu-se o Tiago Guillul e a sua imparável banda a que me juntei para fechar o concerto. Ninguém soube muito bem dizer o que ligava aquilo tudo. Mas que estava ligado estava. E por correntes, das que não quebram.
Nesse dia principiaram muitas coisas que, na verdade, já tinham principiado muito antes. Uma delas foi a prometida gravação para a Antena 3 de 5 canções à viola. Sessão a meias com o Tiago Guillul (mais uma vez) que aconteceu na última semana. Eu escolhi as minhas pelo tamanho das letras. Ganhando as mais longas. Essas e uma versão do "Lobo Malvado" do Jorge Palma porque a cantá-la sinto-me como dentro da Caldeira Velha na Ilha de S. Miguel. O Tiago sacou um som pujante de viola classica e voz a cruzarem um amplificador distorcido e entregou o seu evangelho em esqueleto, sem qualquer perda. No topo do bolo, a cereja "Dentes de Lobo" com o Guell no piano, o Tiago na voz principal e nos côros: Samuel Úria, Manuel Fúria, João Coração e eu.
Nesse dia principiaram muitas coisas que, na verdade, já tinham principiado muito antes. Uma delas foi a prometida gravação para a Antena 3 de 5 canções à viola. Sessão a meias com o Tiago Guillul (mais uma vez) que aconteceu na última semana. Eu escolhi as minhas pelo tamanho das letras. Ganhando as mais longas. Essas e uma versão do "Lobo Malvado" do Jorge Palma porque a cantá-la sinto-me como dentro da Caldeira Velha na Ilha de S. Miguel. O Tiago sacou um som pujante de viola classica e voz a cruzarem um amplificador distorcido e entregou o seu evangelho em esqueleto, sem qualquer perda. No topo do bolo, a cereja "Dentes de Lobo" com o Guell no piano, o Tiago na voz principal e nos côros: Samuel Úria, Manuel Fúria, João Coração e eu.
Entretanto, fechou-se o disco do João Coração. As fotos são do meu amigo André Príncipe que não fugiu a deixar a sua marca de intensidade que espelha o mistério por detrás do cavalheiro João Coração. Sobre o disco falarei mais tarde neste espaço. É demasiado grande para caber nesta viagem corrida pelas últimas semanas... Chegou o fim de semana e compareci como Ninivita honorário para tocar com os suspeitos do costume no Teatro da Lanterna, Alvito. Cantámos "Eram Três" mas pareceram-me muito mais. Orámos enquanto a banda anterior cirandava ali à volta. A cantora tinha muito boa voz.
Quanto à ultima viagem propriamente dita, aquela que me levou ao norte, às suas caves, tectos altos e auroras em escombros:
21 de Fevereiro: Uma conversa no tanque sui generis em Braga. Não cheguei a perceber o que trazia as pessoas ali, nem o que desejavam saber. Aproveitei para falar de futebol, de Angola e do "Time Out Of Mind". No fundo, sou um sujeito aborrecido. Os temas são quase sempre os mesmos. Mas penso: se o Lobo Antunes se safou assim, tenho de tentar a minha chance... Eles continuaram a querer saber coisas. Era proibído fumar.
22 de Fevereiro: Passeio com o Chris Murphy na baixa do Porto a sacar imagens para o video do "Anda Menina". As viagens de que vos falei até agora neste blogue vão estar retratadas no video-clip que já seguiu para a fase de montagem. No Contagiarte, chega o Osga para ensaiar o didjeridoo que vai tocar no "Nada". Jantamos optimamente. Faço uma entrevista para o Porto Canal enquanto aqueço com uns air-punches. Quando entro em palco, a sala apinhada merece os primeiros comentários provocatórios. Toco sozinho, toco com o Osga, chamo a Helena Madeira para uma versão improvisada do "Molinera" no encore. Sinto-me inundado de amor. Sou esse tipo de gajo.
23 de Fevereiro: Acordo com o Chris na pensão Brasília que tem todo o ar de palco para actividades que nos são alheias. Vamos filmar mais umas coisas e seguimos para Braga onde vou tocar em condições agrestes e emocionantes. Tudo corre no fio da navalha. A luz vai a baixo. O microfone não se ouve. Parte-se uma corda. Interrompo o "Roupas 2" porque há um tipo irritado por não poder ser ele a dar o espectáculo. Avança tudo com alguma comédia e muito boa vontade de uma casa cheia que me enche de carinhos, mais uma vez. Tenho de agradecer a todos os que estiveram, cantaram comigo e não pouparam uns sorrisos. O bacalhau à Sto. André é o melhor que comi neste milénio.
Agora as nuvens estacionaram em cima do Tejo. Vou sair. Há muito tempo que não visito o Planetário.