O Diabo Na Cruz Segundo Samuel Úria
Se Aveiro fosse cidade grata como Filadélfia, tinha feito uma merecida estátua ao Jorge Cruz. A intensidade do anos 90 de Cruz nada fica a dever ao treino matinal do Rocky Balboa: às costas os Superego; mão esquerda propensa a canções boxeando como um ariete; mão direita em uppercuts nos queixos dos estrangeirófilos, a castigar as costelas dos portuguesófobos.
O primeiro contacto com a FlorCaveira dá-se através da gravação do disco de um velho amigo. Foi o João Coração quem o trancou, juntamente com o Guillul e com o Úria, numa casa sezimbrense. Para além das partilhas musicais fizeram-se também ouvir histórias de guerra: o veterano Cruz partilhou cicatrizes, contou piadas de caserna, poliu medalhas de mérito. Um John Rambo bem recebido. Estava estabelecida a amizade de camarata, a irmandade de armas.
Depois do Jorge se emprestar, a título pessoal, ao disco de Natal “A FlorCaveira Apresenta o Advento”, era chegada a altura de a editora acolher outro desdobramento do artista. O projecto vinha a ser aguçado há algum tempo e emergia os deleites mais pontiagudos do Cruz: a herança portuguesa nas suas manifestações tradicionais invioladas e o nervo puro das canções electrificadas. Aqui os amplificadores funcionam a válvulas e a folclore, há instrumentos acústicos e alquímicos. A tradição com a pungência do rock manda nisto - é o braço forte da Lei. Cobra expulsa do Éden, diabo na cruz.
Para além do Jorge, este “Diabo na Cruz” conta ainda com os talentos musicais de uma inaudita parelha de diligentes Bernardo - o Barata nas vozes e no baixo, o Fachada na viola braguesa e noutras vozes. Depois o par de expeditos João – o Gil nos teclados, o Pinheiro na bateria.
Diabo na Cruz. Cantares de Manhouce e The Clash, Garage e Janita, Tango e Cash.
O primeiro contacto com a FlorCaveira dá-se através da gravação do disco de um velho amigo. Foi o João Coração quem o trancou, juntamente com o Guillul e com o Úria, numa casa sezimbrense. Para além das partilhas musicais fizeram-se também ouvir histórias de guerra: o veterano Cruz partilhou cicatrizes, contou piadas de caserna, poliu medalhas de mérito. Um John Rambo bem recebido. Estava estabelecida a amizade de camarata, a irmandade de armas.
Depois do Jorge se emprestar, a título pessoal, ao disco de Natal “A FlorCaveira Apresenta o Advento”, era chegada a altura de a editora acolher outro desdobramento do artista. O projecto vinha a ser aguçado há algum tempo e emergia os deleites mais pontiagudos do Cruz: a herança portuguesa nas suas manifestações tradicionais invioladas e o nervo puro das canções electrificadas. Aqui os amplificadores funcionam a válvulas e a folclore, há instrumentos acústicos e alquímicos. A tradição com a pungência do rock manda nisto - é o braço forte da Lei. Cobra expulsa do Éden, diabo na cruz.
Para além do Jorge, este “Diabo na Cruz” conta ainda com os talentos musicais de uma inaudita parelha de diligentes Bernardo - o Barata nas vozes e no baixo, o Fachada na viola braguesa e noutras vozes. Depois o par de expeditos João – o Gil nos teclados, o Pinheiro na bateria.
Diabo na Cruz. Cantares de Manhouce e The Clash, Garage e Janita, Tango e Cash.